Dando
continuidade na minha peregrinação de catequizador, recentemente promovi um bate papo em Brasília cujo tema principal era: “Como é o seu convívio neste
e-cossistema”. Com a intenção de provocar a plateia resolvi começar com um
slide mostrando uma frase incompleta que dizia:
“A Internet é
o…”
Junto desta
frase surgia uma imagem de um lindo bebê com um macacão com os dizeres: “I’m
Alexandria. Friend me on Facebook”.
A intenção de
provocar o público foi positiva, pois acredito que muitos completaram com a
palavra futuro.
Era esse o
gancho que eu precisava para dar continuidade na apresentação e que irei
abordar aqui neste artigo.
Porém antes
de falar de Internet é importante abordar um pouco sobre a avalanche de
transformações que esta nos atropelando.
O lema da
década de 2000 foi estratégia e para a década de 2010 a palavra chave é
inovação.
Já andei
citando em alguns artigos a interpretação que dou para a palavra inovação. Sou
da teoria que inovar é diferente de melhorar. O assunto é complexo e totalmente
passível de debate tornando a inovação um processo colaborativo.
A inovação
impulsiona o crescimento, transformando o que já existe e criando o que
inexistia.
Existe outra
palavra que poucos abordam, mas que para mim é tão importante quanto a palavra
inovar. Trata-se da palavra ruptura. A parceria entre elas precisa ser
constante. Diria que precisam andar de mãos dadas!
A ruptura é
um processo que, quando executado, deixa de ser uma ameaça e se transforma em
oportunidades. É ir além das suas competências centrais, abraçar a inovação dos
modelos de negócios e administrar de forma diferente o velho e o novo.
Entendendo
que é incorporando a inovação que conseguiremos trabalhar melhor os projetos
que tem a Internet como seu núcleo central.
Temos hoje no
Brasil cerca de 83 milhões de internautas. Um número que vem crescendo
exponencialmente, porém nem tudo são flores.
Uma pesquisa
divulgada pela Fundação Getúlio Vargas, no primeiro semestre de 2012, aponta o Brasil no 63º
lugar entre os 154 países mapeados com acesso à Internet em casa. Temos somente
cerca de 46% de internautas com acesso a banda larga e, pasmem, de cada 10
usuários 1 faz uso do acesso discado, segundo esta pesquisa da FGV.
É isso mesmo
que acabou de ler! Ainda temos gente acessando Internet via conexão discada!
Esta mesma
pesquisa apontou que o Distrito Federal é a unidade da Federação com mais
acesso à Internet nos domicílio. O DF tem 58,6% das residências com Internet,
ficou a frente de São Paulo (48,25%), do Rio de Janeiro (43,95%) e de Santa
Catarina (41,6%).
É fundamental
que o governo encare como prioridade e acelere o Plano Nacional de Banda Larga.
Será através dele que estes números alcançarão patamares melhores.
Outro fator
que merece destaque para a Internet é o acesso mobile.
Já é fato que
somos um país louco por mobile. São cerca de 27 milhões de smartphones, a venda
de tablets mais que triplicou entre janeiro e agosto de 2012 e que 2,6 milhões
de tablets serão vendidos no Brasil até o fim deste ano, segundo levantamento
da consultoria GfK.
Atualmente,
possuímos cerca de 252 milhões de linhas de celular. O Distrito Federal, que é
o líder em quantidade de linhas por morador, apresenta 2,21 linhas por morador.
Se formos
estudar o comportamento semanal de acesso à Internet de usuários acessando a
internet de "desktop X mobile" e traçar dois gráficos, sendo um para o uso do
desktop e outro para o mobile, enxergaremos que o mobile tem o seu acesso muito
mais constante com destaque de picos aos finais de semana. Já o desktop é
marcado por picos e vales bem acentuados. Os picos são as segundas e terças,
enquanto aos finais de semana apresenta uma redução significativa.
Se você achou
que isso parece ser um pouco óbvio, concordo contigo e adianto que você deve
trabalhar na área ou ser um conhecedor e por isso também saberá que esta não é
a realidade e conto contigo para ser um catequizador deste “e-cossistema”.
Já para o
mercado de trabalho aproveito a oportunidade para responder aos que me
perguntam quais as áreas que merecem uma atenção de destaque na Internet e qual
o mercado que apostaria.
Aí vai a
minha resposta:
Mercado Imobiliário – o marketing digital imobiliário é uma área que a
cada ano vem se destacando pela sua evolução e atuação com a Internet. É só
reparar que os principais cases de
marketing digital são realizados pelo mercado imobiliário. Já conta com
excelentes profissionais, porém ainda tem muito espaço para crescer.
Mercado de Educação – o brasileiro esta com sede de educação e
consequentemente por qualificação. O mercado de eduacação a distância (EAD) tem
um diferencial, pois orbita nas classes A, B e C. Desta forma aumenta a
diversidade das estratégias e ações online.
Mercado de Seguro – o consumo de seguro e previdência pelos brasileiros
se destaca e se torna um dos mercados que mais cresce no Brasil. Segundo a
FenaPrevi, o mercado de seguros no Brasil deve crescer acima de 15% em 2012.
Para a internet, 44% das pessoas fazem pesquisa online antes de contratar um
seguro. Se analisarmos o que acontece no mundo, na Inglaterra 50% das vendas de
seguro são realizadas via Internet. Para o Brasil a expectativa é chegar em
2016 com 10% das vendas de seguros sendo realizadas via web. Atenção especial para o mercado de seguros online que é muito promissor!
É importante
que o Brasil capacite gestores que entendam todo este “e-cossistema”, que sejam
multiplicadores deste processo de ruptura e inovação e busquem atuar criando e
defendendo as melhores práticas.
E você o que
acha?
Responda, é a
sua vez.
“A Internet é
o ....”
Abraços,
Gustavo
Zobaran
@GustavoZobaran
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