Sabemos que o comércio eletrônico
brasileiro vem crescendo a cada dia que passa. Qualquer pesquisa que é
divulgada sempre destaca este crescimento. Até aí não temos nenhuma novidade.
Recente pesquisa
divulgada pelo IBOPE Media (10/jul/2013) revela
que o número de pessoas com acesso à Internet no Brasil ultrapassou, pela
primeira vez, a casa dos 100 milhões. Os dados referentes ao primeiro trimestre
de 2013 indicam que o país tem 102,3 milhões de internautas. Até aqui nenhuma
surpresa, certo?
Quando comparamos nosso e-commerce com
o dos Estados Unidos fica nítido que o Brasil ainda tem muito espaço para
crescer. No mercado americano a Internet representa cerca de 8% das vendas
totais do varejo; no mercado brasileiro está em 3%.
Tudo isso não é
novidade!
É neste momento que
precisamos pensar e fazer apostas.
Mas qual o mercado que pode favorecer o
comércio eletrônico brasileiro a continuar batendo os recordes? Minha aposta é
o Mercado de Seguros Online.
Para a Internet, 44% das pessoas fazem
uma pesquisa online antes de contratar um seguro.
Buscando referências e números em
outros países sobre o e-commerce de produtos de seguros a Inglaterra demonstra
uma evolução. Lá 50% das vendas de seguros são realizadas pela web. Aqui no
Brasil a expectativa é chegarmos em 2016 com 10% das vendas de seguros sendo
realizadas pela Internet.
Desafiador, não?!
Sabemos que o consumo de seguros pelos
brasileiros vem se destacando e já aponta como um dos mercados que mais
cresceram nos últimos anos.
Em recente pesquisa divulgada pela
Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e
Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg) e Fundação Getúlio Vargas no
Brasil, 16% da população possuem algum tipo de seguro.
O que também fica a favor do comércio
eletrônico para este mercado é o surgimento do microsseguro, modalidade que tem
como finalidade proporcionar cobertura indenizatória à população de baixa renda
em caso de sinistro. Esta modalidade desponta como um dos maiores potenciais de
crescimento.
Como destaque de microsseguros tem o
auxílio funeral que teve um crescimento de 115%. O produto registrou R$ 26,8
milhões em volume de prêmios, de acordo com a FENAPREVI.
E quando falamos em acesso à Internet
das classes D e E os números ainda são modestos, porém também estão em
crescimento, surgindo assim um casamento próspero e de muitos frutos, não acha?
Como visionário e empreendedor deste
“e-cossistema” enxergo uma excelente opção para aqueles que estão buscando
apostas e novos mercados para ampliarem seus conhecimentos e negócios.
Esta análise foi a mesma que eu fiz
para trocar o mercado imobiliário digital - que me ensinou muito e para mim é o
mercado que desenvolve o digital no Brasil com excelentes cases -
pelo o comércio eletrônico para o mercado financeiro e de seguros.
Quando faço esta análise levo em conta
o espaço que terei para me desenvolver, o desafio que o mercado me
proporcionará, contribuir com minha experiência e como abrir o caminho para os
profissionais de e-business.
Lembro-me quando a categoria campeã de
vendas online no Brasil era “Livros, Assinaturas de Revistas e Jornais”. E
agora a que se destaca é “Moda e Acessórios” que nem aparecia entre as TOP 5. O
mesmo podemos dizer da venda online de passagens e pacotes turísticos, do
crescimento e venda de cursos online.
Em alguns anos, não tenho dúvidas que
teremos a categoria de seguros online figurando entre as primeiras. Anotem
isso!
Falando mais afundo sobre o mercado de
seguros online o que temos é a atuação de diversas corretoras, porém as
próprias seguradoras ainda atuam de forma modesta.
Se nos basearmos no ranking das
seguradoras por prêmio, em abril/13, temos as TOP5:
1-) Grupo BB/MAPFRE (20,21%);
2-) Grupo Bradesco (15,93%);
3-) Grupo ITAÚ (14,84%);
4-) Zurich Santander Brasil Seg. e Prev. (9,69%);
5-) Grupo Caixa Seguros(5,85%);
2-) Grupo Bradesco (15,93%);
3-) Grupo ITAÚ (14,84%);
4-) Zurich Santander Brasil Seg. e Prev. (9,69%);
5-) Grupo Caixa Seguros(5,85%);
Deste ranking temos apenas uma
seguradora que possui uma loja virtual dos seus produtos.
O mercado dará um “boom” quando as
próprias seguradoras investirem no e-commerce e criarem suas próprias lojas
virtuais. Nas devidas proporções acontecerá como já vimos no mercado
imobiliário, onde as próprias incorporadoras investem pesado no digital, tanto
em estratégias, criando departamentos específicos e contratando profissionais que
entendam de marketing digital.
E se investem é porque tem retorno!
Posso dizer isso com conhecimento de causa.
Não pensem que este investimento é só
em mídia. O investimento no online também é pesado para capacitar sua força de
vendas.
Por outro lado conseguimos fazer do
mercado de seguros digital um e-commerce de fato, vender via mobile e redes
sociais é totalmente possível.
Já no imobiliário ainda não se vende um
imóvel pela Internet. Para este setor a Internet é uma importante ferramenta de
apresentação e convencimento, afinal não tenho onde passar o cartão ou imprimir
o boleto, certo?
Mas tem um detalhe importantíssimo que
ainda o mercado digital de seguros esta a uns passos atrás, trata-se da CULTURA
DIGITAL. Antes de investir em mídia, em capacitar força de vendas utilizando a
web, criar estratégias em redes sociais, precisa investir em capital humano
especializado, criar departamentos específicos e acreditar!
Invistam em profissionais que entendam
de e-commerce e marketing digital, criem áreas específicas de e-business e
tenham a certeza que o resultado será positivo!
Façam suas apostas, pois os dados já foram lançados.
Abraços,
Gustavo Zobaran
@gustavozobaran
Abraços,
Gustavo Zobaran
Parabéns pelo artigo! Muito claro e convincente.Quem não se inteirar desse assunto, vai ficar deslocado no mundo atual.
ResponderExcluirRita Carvalho.
Oi Rita!
ResponderExcluirAgradeço tuas palavras e fico feliz que tenha gostado.
Gustavo Zobaran
O artigo é muito bom, sobretudo para os países que estão a crescer como Angola em que ainda estamos na fase da explosão da internet e de acordo o desenvolvimento do pais na área das TI, o e-commerce também já é uma realidade visto que algumas empresas ou mesmo 70% já estão a investir no e-comerce
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