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terça-feira, 23 de julho de 2013

O E-COMMERCE PARA O MERCADO DE SEGUROS

Sabemos que o comércio eletrônico brasileiro vem crescendo a cada dia que passa. Qualquer pesquisa que é divulgada sempre destaca este crescimento. Até aí não temos nenhuma novidade.

Recente pesquisa divulgada pelo IBOPE Media (10/jul/2013) revela que o número de pessoas com acesso à Internet no Brasil ultrapassou, pela primeira vez, a casa dos 100 milhões. Os dados referentes ao primeiro trimestre de 2013 indicam que o país tem 102,3 milhões de internautas. Até aqui nenhuma surpresa, certo?

Quando comparamos nosso e-commerce com o dos Estados Unidos fica nítido que o Brasil ainda tem muito espaço para crescer. No mercado americano a Internet representa cerca de 8% das vendas totais do varejo; no mercado brasileiro está em 3%.

Tudo isso não é novidade!

É neste momento que precisamos pensar e fazer apostas.

Mas qual o mercado que pode favorecer o comércio eletrônico brasileiro a continuar batendo os recordes? Minha aposta é o Mercado de Seguros Online.
Para a Internet, 44% das pessoas fazem uma pesquisa online antes de contratar um seguro.

Buscando referências e números em outros países sobre o e-commerce de produtos de seguros a Inglaterra demonstra uma evolução. Lá 50% das vendas de seguros são realizadas pela web. Aqui no Brasil a expectativa é chegarmos em 2016 com 10% das vendas de seguros sendo realizadas pela Internet.

Desafiador, não?!

Sabemos que o consumo de seguros pelos brasileiros vem se destacando e já aponta como um dos mercados que mais cresceram nos últimos anos.

Em recente pesquisa divulgada pela Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg) e Fundação Getúlio Vargas no Brasil, 16% da população possuem algum tipo de seguro.

O que também fica a favor do comércio eletrônico para este mercado é o surgimento do microsseguro, modalidade que tem como finalidade proporcionar cobertura indenizatória à população de baixa renda em caso de sinistro. Esta modalidade desponta como um dos maiores potenciais de crescimento.

Como destaque de microsseguros tem o auxílio funeral que teve um crescimento de 115%. O produto registrou R$ 26,8 milhões em volume de prêmios, de acordo com a FENAPREVI.

E quando falamos em acesso à Internet das classes D e E os números ainda são modestos, porém também estão em crescimento, surgindo assim um casamento próspero e de muitos frutos, não acha?

Como visionário e empreendedor deste “e-cossistema” enxergo uma excelente opção para aqueles que estão buscando apostas e novos mercados para ampliarem seus conhecimentos e negócios.

Esta análise foi a mesma que eu fiz para trocar o mercado imobiliário digital - que me ensinou muito e para mim é o mercado que desenvolve o digital no Brasil com excelentes cases - pelo o comércio eletrônico para o mercado financeiro e de seguros.

Quando faço esta análise levo em conta o espaço que terei para me desenvolver, o desafio que o mercado me proporcionará, contribuir com minha experiência e como abrir o caminho para os profissionais de e-business.
Lembro-me quando a categoria campeã de vendas online no Brasil era “Livros, Assinaturas de Revistas e Jornais”. E agora a que se destaca é “Moda e Acessórios” que nem aparecia entre as TOP 5. O mesmo podemos dizer da venda online de passagens e pacotes turísticos, do crescimento e venda de cursos online.

Em alguns anos, não tenho dúvidas que teremos a categoria de seguros online figurando entre as primeiras. Anotem isso!

Falando mais afundo sobre o mercado de seguros online o que temos é a atuação de diversas corretoras, porém as próprias seguradoras ainda atuam de forma modesta.

Se nos basearmos no ranking das seguradoras por prêmio, em abril/13, temos as TOP5:

1-) Grupo BB/MAPFRE (20,21%); 
2-) Grupo Bradesco (15,93%);
 
3-) Grupo ITAÚ (14,84%);
 
4-) Zurich Santander Brasil Seg. e Prev. (9,69%);
 
5-) Grupo Caixa Seguros(5,85%);


Deste ranking temos apenas uma seguradora que possui uma loja virtual dos seus produtos.

O mercado dará um “boom” quando as próprias seguradoras investirem no e-commerce e criarem suas próprias lojas virtuais. Nas devidas proporções acontecerá como já vimos no mercado imobiliário, onde as próprias incorporadoras investem pesado no digital, tanto em estratégias, criando departamentos específicos e contratando profissionais que entendam de marketing digital.

E se investem é porque tem retorno! Posso dizer isso com conhecimento de causa.

Não pensem que este investimento é só em mídia. O investimento no online também é pesado para capacitar sua força de vendas.

Por outro lado conseguimos fazer do mercado de seguros digital um e-commerce de fato, vender via mobile e redes sociais é totalmente possível.
Já no imobiliário ainda não se vende um imóvel pela Internet. Para este setor a Internet é uma importante ferramenta de apresentação e convencimento, afinal não tenho onde passar o cartão ou imprimir o boleto, certo?

Mas tem um detalhe importantíssimo que ainda o mercado digital de seguros esta a uns passos atrás, trata-se da CULTURA DIGITAL. Antes de investir em mídia, em capacitar força de vendas utilizando a web, criar estratégias em redes sociais, precisa investir em capital humano especializado, criar departamentos específicos e acreditar!

Invistam em profissionais que entendam de e-commerce e marketing digital, criem áreas específicas de e-business e tenham a certeza que o resultado será positivo!


Façam suas apostas, pois os dados já foram lançados.

Abraços,

Gustavo Zobaran
@gustavozobaran

3 comentários:

  1. Parabéns pelo artigo! Muito claro e convincente.Quem não se inteirar desse assunto, vai ficar deslocado no mundo atual.

    Rita Carvalho.

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  2. Oi Rita!

    Agradeço tuas palavras e fico feliz que tenha gostado.

    Gustavo Zobaran

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  3. O artigo é muito bom, sobretudo para os países que estão a crescer como Angola em que ainda estamos na fase da explosão da internet e de acordo o desenvolvimento do pais na área das TI, o e-commerce também já é uma realidade visto que algumas empresas ou mesmo 70% já estão a investir no e-comerce

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